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quarta-feira, setembro 18, 2013

Combo Rangers: Somos Heróis.

Os Combo Rangers estão de volta!

Conheci os Combo Rangers ainda estava entre a 3º e a 5º série. Estava com a minha mãe no centro de Santo André e achei as revistas dos Combo Rangers a venda. Acho que devia ter lá todas elas (as publicadas da JBC). Fiquei super interessado de tê-las, todas elas. Mas como não tinha uma condição financeira muito boa, minha mãe só deixou comprar uma.

Que terrível indecisão. Tantas histórias chamativas e eu tinha que escolher só uma. Quase peguei "O legado de um supercampeão", mas acabei por me decidir em levar "Um mundo de Zeros e Uns". Adorei a história e reli não sei quantas vezes (é claro que eu tive que deduzir algumas coisas, e meio que fiquei sem entender por que a Maya e a Tati não se gostavam).

Alguns anos depois descobri que um dos meus amigos tinha essa coleção da JBC completa, e eu pude ler todinha. Lembro que tinha adorado as histórias com suas reviravoltas, o jeito maduro que os personagens agiam em busca de seus ideais e, é claro, o humor sempre presente.

Passou alguns anos e dezenas de reviravoltas em minha própria vida fizeram que eu tivesse que guardar boa parte dos meus papéis (e vou te dizer, eu provavelmente guardo mais papéis do que o normal) em caixas, e a minha revistinha dos Combo Rangers ficou guardada por um bom tempo.

Todos os visuais dos Combo Rangers
No começo de 2011 eu achei a minha revistinha, e li mais uma vez. Enquanto lia a aventura no mundo digital me lembrei o por que gostava tanto, e mesmo tendo apenas uma única história deles eu sentia
que eles eram quase que meus heróis favoritos.


Uma leve pesquisada na internet e eu descobri que haviam três "temporadas" antes mesmo da versão publicada - o que explicava muito bem o papo maluco do robô Último em "O desejo do Último". Nesse mesmo blog que tinha essa informação já tinha os links para fazer o download de tudo: a Fase Bolinha, a Fase Zero, a Fase Revolution, todas as edições da JBC e as da Panini. Baixei tudo e comecei a ler.

Não vou entrar em detalhes dessas fases, por que o texto já tá "xicante" (parafraseando Poderoso Combo) e eu nem cheguei no ano de 2013. Basta dizer que me tornei mais fã ainda depois de ler tudo. Vibrava a cada reviravolta, ficava chateado quando descobria que ia parar de ser publicado (sério, eu tenho problemas. Eu baixei o negócio e já tava tudo explicado, e mesmo assim me surpreendi). Pesquisei que nem louco para saber como terminava a saga Colapso. Enfim, eu tinha um carinho especial por esses heróis, e fiquei muito chateado por que eles tinham achado o seu "fim".

Até que, numa das minhas pesquisadas sobre o assunto na internet eu vi que teve um projeto de crowfunding (sim, "teve". Perdi a chance de contribuir D= ) e que os Combo Rangers estariam de volta.

E esse dia finalmente chegou!

A capa do livro
Eu estava esperando sair nas livrarias para poder comprar o meu, mas vi que o Yabu estaria na Paulista para uma sessão de autógrafos. Se eu já ia comprar o livro, por que não comprar e já ter o autógrafo lindão do criador?

No sábado, dia 14, saí de casa 13h20 pra chegar "com folga" lá, já que começaria às 15h.

Cheguei na Geek.etc.br 15h20. Nem preciso dizer que foi por culpa do transporte público.

Pois bem. Comprei meu exemplar lindôncio e fui pro fim da fila. Atrás de mim parou um cara que devia ter uns 30 anos com um amigo. Ele tinha cara de quem conhecia os Combo Rangers, mas que só estava comprando pro filho. Ele ficou na fila CINCO MINUTOS e desistiu de pegar autógrafos.

Era quase 17h quando eu cheguei na mesa em que estavam Fábio Yabu e Michel Borges. E, sinceramente, todo esse tempo na fila valeu a pena. É claro que eu li tudo no livro pra evitar ler a história toda na fila, então eu vi o "parabéns por ter lido TUDO ISSO" no fim das informações das costas do livro (sempre leia todas as informações nas histórias do Yabu, senão você vai perder algo). Na fila descobri que o Michel Borges nasceu em Santo André também. E também li o prefácio do próprio Yabu, dizendo que se a gente estivesse lendo aquilo com um sorriso no rosto e uma chama quente no coração é por que nós compartilhamos da mesma crença que ele, ao escrever as histórias dos Combo Rangers. E eu estava sorrindo.

Só lamento por ser tão tímido, pois o Fábio Yabu e o Michel Borges estavam dando atenção especial para todo mundo, e eu poderia ter aproveitado mais a chance de conversar com eles. Mas enfim.

Hora de falar sobre o livro ("já não era sem tempo" você diz). Eu adorei completamente. [Ah, antes que eu me esqueça: pode ser que eu escreva  algum spoiler grande. Esteja avisado] O livro aparantemente é um reboot, porém o Luke (sério, esse Giluke não engana ninguém) ainda mantém lembranças do universo pré-reboot (foi muito lindo rever o visual "clássico" deles), então temos que esperar os outros dois álbuns pra saber o que aconteceu e o que o futuro reserva para nós/eles.

Foi muito legal ver as referências às histórias antigas, como a professora deles, os alienígenas que são incrivelmente parecidos com os Famigerados Homens de Quatro Olhos ("nem me pergunte onde fica o quarto olho"), o General Monte (e o Fox comentando "ele nem deve ser deste planeta": Yabu, I see what you did there), a Melissa Melon, a ASH, Kiko chamando o Poderoso Combo de Tio Combo, os inconfundíveis "Quem disse isso?", o Dr. Cooper e mais algumas outras.

Outra grande referência que eu tinha que comentar aqui são as informações na "Wikipédia" sobre o Poderoso Combo que o Fox estava lendo. Lá está comentado que a causa da perda dos poderes do Tio Combo é desconhecida e aconteceu "poucos dias após seu (...) vilão conhecido como (...)" (mas quem leu "Obrigado por tudo, velho inimigo" sabe o que aconteceu). Esse artigo também menciona uma "decepção amorosa", que foi mostrada na publicação do primeiro arco de histórias do Combo Rangers Revolution.

E, mesmo não tendo assistido nenhum episódio de Dragon Ball até eu peguei as referências, como o "mais de 9.000" e as pessoas ajudando os Combo Rangers na grande batalha.

E, falando na grande batalha, já comentei a cima como as histórias tinham reviravoltas e tudo o mais né? Não foi diferente dessa vez. Você pode até saber que as coisas vão se acertar no final, mas lendo você se esquece disso e se vê torcendo pra que nada dê errado. A qualidade narrativa das histórias dos Combo Rangers sempre foi altíssima (o Yabu já conseguiu até deixar um BBB de BONEQUINHOS interessante), e esse livro é um ótimo exemplo disso. Um ritmo constante e bem agitado, e mesmo quando a ação dá uma pausa para respirar algo importante acontece (quando o Tio Combo conversa com o Fox no Combo Móvel).

A presença de Deck na história me deixa com a pulga atrás da orelha sobre o que aconteceu com o universo deles. Será que Cardman conseguiu o seu intento e mudou tudo? Afinal, ele já tentou roubar os sonhos dos humanos, e o Satan Boss disse que a raça humana era perigosa por que eles sonham. Cardman, é você?!

Visual mais-que-lindo
Uma coisa que me chamou bastante a atenção foram as pedras do Satan Boss. Ele tem quatro (mas eu só consegui ver a cor de três), e parece que essas pedras tem só as cores dos Combo Rangers. Será que eu tô vendo coisa onde não existe ou isso é importante?

A arte do livro está supimpamente supimpa. Michel Borges (meu conterrâneo!) se superou. Seus desenhos são de encher os olhos (principalmente os Combo Rangers Overpower). Os detalhes são o ponto alto e a página que [BIG SPOILER] o Tio Combo está caindo e o Fox está correndo pra ele, as roupas de "civil" dando lugar às roupas de super-herói, consegue emocionar sem nenhuma palavra.

Agora só nos resta esperar pelos próximos volumes, para entender as perguntas levantadas (Quem é Satan Boss? Por que Luke se chama Giluke? E por que ele ainda sonha com o universo pré-reboot? Qual será a próxima investida do Império Domao?). Será que veremos Carolho (ou até Super Macacarolho) de volta? E o Pum? Maya? Marvim Maluco e Denis Demente? Garota Arco-Iris? A lista de personagens que gostaríamos de ver é multiplicada até o Infinito (mais um bordão que poderia voltar pras histórias).

Quem sabe "Combo Rangers: Somos Heróis" faça um mega sucesso agora e nós ganhamos um desenho animado?

PS.: Sei que esse texto tinha tudo pra ser uma resenha, mas eu sempre me perco na escrita e acabo falando pouco da história, seus pontos altos e blá, blá, blá. Perdoem.

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