Cara, como a minha imaginação é fértil.
Basta uma desculpa para ela vagar, ela já cria um prólogo para explicar como a situação chegou naquele ponto, arranja todos os detalhes durante o acontecido, rearranjando fatos caso alguma discrepância apareça. Depois, se eu não tiver mais saco para continuar a história, eu crio um epílogo para dar fim às conseqüências do acontecido e fim.
Milhões de coisas já me aconteceram. Centenas de vezes me declarei a pessoa amada. Mais outra centena de vezes achei muito (muito mesmo) dinheiro e comprei coisas para mim e dei um jeito na minha vida. E, não raro, dei cabo a assuntos menos extraordinários mas não menos importantes da minha vida, como, por exemplo, dizer o quanto eu odeio certa pessoa, e o por que.
Eu já tinha empregados as minhas energias numa história só, e durante esse período, as minhas divagações eram apenas para essa narrativa. Outras vezes, quando não estava empenhado nesse livro, eu criava um verdadeiro épico com uma situação só da minha vida. Passava dias e o único objeto da minha imaginação era aquela situação.
E essa fase tá voltando com força total. Quem sabe nesse final de ano eu não termine o meu terceiro 'livro'?