Translate

quarta-feira, julho 01, 2015

O Infinito acima

Antes de mais nada eu gostaria de chamar atenção para o fato de que meus posts têm ficado, com o tempo, mais "profundos". 

Pode ser o amadurecimento e tals, mas se olharmos para os meus primeiros posts (até aqueles no primeiro blog) veremos como tudo era uma grande brincadeira - sem contar que eu tinha muito mais inspiração do que agora.



De uns tempos para cá... não, minto: alguns poucos anos, as piadas continuaram a ser feitas, mas o tom mudou. Dependendo do post até poderiam dizer que perdi a fé na humanidade hahaha e perdi.

Não sei explicar ao certo o porquê, nem como, muito menos onde, mas o fato é que, toda vez que me sento na cadeira e encaro a tela de postagem do blogger, sinto como se apenas o que tenho para compartilhar com o mundo é apenas sentimentos e opiniões não-tão-felizes.

E é basicamente o que me leva ao título da postagem (eu acho).

Numa vida sem muitos atrativos nem acontecimentos grandiosos, não se tem muito o que falar. Claro que sempre algo, mas para uma pessoa como eu com a mesma facilidade que escrevemos uma linha nós a apagamos, achando que não vale a pena. Já fiz isso dezenas de vezes. E farei mais. Por que "não compensa falar agora de um livro que li no fim do ano passado", "já faz muito tempo que lançou A Era de Ultron, as pessoas vão te julgar", "falar de uma festa que você foi, o que pode ter de interessante sobre isso?", e por aí vai.

Mesmo quando estou me afundando em sentimentos e ideias e emoções, me fecho completamente pro mundo. Pode ser a coisa menos saudável do mundo, mas aqui estou eu, fazendo uma vez mais.

Bem, o post não era para eu me abrir assim (mas dessa vez não apagarei). O texto era para falar do infinito literal mesmo, aquele vazio que te encara de volta todas as noites quando você olha para a lua ou para as estrelas, e acaba se perguntando o que tem lá fora.

Esse espaço sempre me fascinou. Desde pequeno. Toda vez que olho para os céus bate aquela melancolia gostosa no peito. Será que estamos mesmo sozinhos? Será que existe(m) alguém nos observando esse tempo todo, nos acompanhando? Como deve ser viajar por entre galáxias? Como será a parte mais distante daqui do Universo? Como será a sensação de compreender o Infinito?

Passamos nossa existência inteiras presos nesse planetinha minúsculo, com a nossa realidade habituada a coisas finitas. Por mais que queiramos fingir que não, não imaginamos os infinito infinito de fato. Nossa percepção sempre terá bordas - por que nossas únicas referências são limitadas. 

Por isso olho para o céu e para suas poucas estrelas e me perco em seus mistérios. Por mais limitado que seja meu pequeno cérebro homo sapiens, o que consigo captar do universo já me entorpece o corpo e a alma - esse infinito que nos cerca enquanto viajamos pelo Universo, sem nunca saber o que nós estamos perdendo.


 P.S.: não estou sob o efeito de nenhuma droga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário